No Direction Home

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domingo, 30 de novembro de 2014

I Domingo do Advento.

Feliz primeiro domingo do advento, meu amado, como é bom ter mais um advento ao teu lado, foram tantos planos para este ano, e agora posso avaliar o que eu conquistei e as perdas que tive este ano. Sonhos que foram realizados, desejos alcançados e conquistas.
Este ano veio de um ano muito difícil que foi 2013, mas em 2014 tivemos ótimas conquistas uma dela foi a entrada na UECE, eu te agradeço por isto foi uma conquista nossa, não posso nega-lo nos momentos bons. Foi um primeiro semestre bem corrido, tivemos também algumas viagens, e apresentações tanto com o Teruá e com o Coral. Foi um ano de experiências novas, novo sons e estudos, correria da filosofia, conhecendo novos pensamentos e pessoas, tanta gente que passou em minha vida, e tanta besteira que eu fiz, ainda faço. Conheci professores malucos, e gente doida, um ambiente onde minha fé era tentada? Acho que não me senti perto de ti, não tenho medo, eu sei o que eu quero.
Foi um ano de perdas também, muita gente boa foi embora, é sempre complicado avaliar isto, esse ano perdi um grande amigo, o meu amigo Felipe Cruz, foi um grande cara, com quem tive a honra de tocar e conviver, ele faz falta, perdemos bons músicos esse ano e boas pessoas, Paco de Lucia, poetas como Ariano Suassuna, Manuel de Barros, nesses últimos dias foram duas pessoas muito fodas, e muito importantes, Seu Lunga que era uma lenda viva do nordeste do Ceara, e logo depois uma pessoa brilhante que fez várias pessoas rirem Roberto Gómez Bolaños, uma pessoa que marcou minha infância, e sempre será lembrado, meu primeiro herói, o Vermelhinho, ou o Chaves, também este ano fez um ano da perda de minha Mãe, e pouco tempo depois foi o meu Tio, que também partiu, e quando lembro dessas pessoas, só posso acredita nas palavras de Santo Agostinho, que isto será passageiro, e logo , logo estaremos juntos.
O ano também teve coisas boas, dois anos do meu afilhado, e um ano de sua irmã, conheci pessoas novas, redescobri algumas velhas pessoas, e foi um ano de um bom trabalho, conseguimos realizar o Primeiro Sabacu da Arte no Sistema, deu trabalho mais foi gratificante, e de uma felicidade muito boa, foi um ano bom, a Alemanha foi campeã do mundo, e o melhor foi a goleada sobre o Brasil.
Assim termino minha primeira carta de Advento, Paz e Unidade, meu amado, e até breve.

Fortaleza, 30 de novembro de 2014.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Hoje posso dizer que um ciclo terminou na minha vida, eu terminei de ler Os Miseráveis, um livro intenso, vivo e apaixonante de Victor Hugo. Um livro que me fez ter uma série de questionamentos, sobre a nossa sociedade, por que ficamos preso a uma moral?  Moral que não nos serve, ou por que julgamos as pessoas mais por sua aparecia, do que pelas suas atitudes? As pessoas não podem mudar? Somos sempre culpados pelos nossos atos?  Nossas atitudes mudam o nosso meio?
Um menino que ver sua família passa fome, e por isto rouba um pão, é preso e condenando a ir para o inferno, onde ele perde a dignidade humana, e ganha apenas um número e é esquecido do mundo. Quando ele ganha a liberdade, todos o julga pela sua aparência e pelo seu passado, e já o condenam, porem uma pessoa o lembra que ele é humano, que ele tem dignidade.
Esta pessoa é um religioso, o que deveria ser o esperando, o Bispo de Digne, monsenhor Myriel, uma figura que é uma forte crítica aos nossos religiosos, uma crítica construtiva, pois mostra como as pessoas que resolveram abraça a Deus deveriam, não ter medo do homem, não podemos julgar, quem somos nós para tal coisa? Cristo foi um dos grandes exemplos, ele andava com pobres, pecadores e prostitutas, ele na sua época era considerado um bandido ou um arruaceiro, provavelmente seria chamado hoje por muitos religiosos, de pecador, de vagabundo, quando ele foi um exemplo de humanidade, humildade, um exemplo de amor.
A atitude do Bispo mudou a vida deste homem, ele sentiu-se apenas respeitado e amado, e o Bispo com sua ação o ganhou, mostrou que sempre teremos nossa dignidade diante de Deus. Deus não é um joguete humano, e não pode ficar preso as nossas morais e as nossas vontades, quando conhecemos esse amor e sabemos que ele é verdadeiro as coisas fluem naturalmente.
Um homem nunca será perdoado pelo seu pecado? Jean Valjean esteve sempre preso ao seu passado, por mais ele tenha se tornado prefeito, e ter feito várias obras boas a uma cidade as pessoas, ainda assim o julgava e o condenaram a uma vida de cão. Sempre sendo perseguidos por um erro, que é mais culpa da sociedade do que sua mesma. E por mais bondade que ele tenha feito a uma cidade, ele foi preso e condenado novamente pelo seu passado.
Porem ele não desistiu, e buscou sua humanidade, e não desistiu de seus sentimentos e sua palavra. Lutou buscou a criança de uma prostituta, que também foi vítima da sociedade. Ele cuidou e fez o seu melhor, essa criança torna-se uma linda mulher, a flor mais bela de um jardim, e no tempo certo a entregou para a felicidade.
E finalmente ele pode descansar encontra o que lhe faltava o equilíbrio que faltava, encontrou a remição dos seus pecados, encontrou Deus, e os seus, as pessoas que ele amava.
Os Miseráveis não é um mero livro, é uma lição de vida, nos mostra como devemos ser melhores, como não podemos fica preso a ideais que não são ideais, são apenas coisas secundarias, nossa primeira necessidade, é o amor, amar como sempre desejamos ser, e não apenas fica com um julgamento superficial, que nos afasta das pessoas e não nos deixa ver a realidade, a humanidade, precisa de mais humanos, pessoas que não tenha medo de tocar as outras, e que se olhe nos olhos, e possamos construir um mundo melhor, com consciência de que somos maiores que isto, vivemos num coletivo, o que eu faço altera a vida do meu semelhante, e vise e versa.
Que o amor seja a máquina que nos mova. A essência das pessoas, não nascemos sabendo odiar.

“Ele dorme. Embora a sorte tenha-lhe sido bem estranha,
Ele vivia. Morreu quando não teve mais seu anjo.
A coisa simplesmente veio por ela mesma,

Assim como a noite chega quando o dia se vai. – Victor Hugo.”

sábado, 15 de novembro de 2014

Não se pode amar sozinho, o amor para existir entre duas pessoas, não pode ser unilateral, tem que partir de ambas as partes, por mais que o amor exista de um dos lados. Ele não poderá sobreviver muito tempo.
Eu a amo, sei disto, assim como sei que ela não tem amor por mim. Por mais que eu a deseje, e queira lutar por ela, não seria capaz desta luta sozinho. Hoje me sinto fraco, combater batalhas que eu já entrei derrotado, cansa e é doloroso no final.
Eu amo passa as horas do meu dia contigo, amo tu sendo chata, amo teu sorriso, e tua presença, quando tu estas a beleza vem aos meus olhos a vida surgi e tu me traz uma paz, aquela paz, que eu me sinto bem, feliz porque tu estas. Basta tu me ligar e me chama para qualquer lugar que eu irei contigo, desde de uma simples ida ao centro (da cidade) ou ir da aula contigo. O amor é uma doação ao outro também, mas é uma doação de ambas as partes, e hoje eu não posso mais me doar, chegou no meu limite. Eu ti olho, e vejo muito do que eu quero, muito do que eu espero, muito do que me completa, mas chegou um ponto que eu não posso me enganar, eu espero algo que nunca existira de tua parte.
Esta contigo ainda é ótimo, me sinto bem, conversamos sobre música, amor ti ver cantar, ouvir tua voz me deixa feliz, amo ver o mar, ver a cidade, ver a lua contigo, amo cada momento que tive na tua presença. Mas ultimamente algo foi quebrado, ou foi revelado, eu a sinto longe, e eu cada vez mais me distancio. Há algo de estranho, algo mudou. Eu não me sinto mais o mesmo.
Eu quis compartilha algo do meu mundo contigo, eu olho e a vejo, dona de uma beleza tão linda, que eu desejo. Mas não me vejo em teu mundo, eu sou pequeno demais para isto, tua beleza me ofusca, e eu me perco no teu mundo. Isto é sem sentido?
Eu busco algo que não ha em teu mundo, buscamos ideias diferentes, eu não me encaixo em padrões de beleza, eu não sou bonito para apresentar a tua família, eu sou apenas livre e minha liberdade não pode lhe oferecer nada, apenas a essência dela, que é o sonho.

Eu não caibo no teu mundo, é triste. Mas eu ainda a amo, e talvez sempre a amarei, porem hoje vejo que este amor nunca será real. E é melhor que eu parta, “devo andere via”. Eu devo buscar o meu caminho, e buscar achar o equilíbrio que eu perdi no caminho.