No Direction Home

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domingo, 21 de dezembro de 2014

IV Domingo do Advento.

Este é o tempo, o ciclo fechou, completamos mais um tempo, mais uma jornada, e é tão bom está com você, senti-lo tão perto, tão próximo. Eu não posso mais resistir, eu devo partir. As mudanças nascem de mim. Eu não sei mais o que escrever, eu poderia fala em mil planos, mais não, eu não quero estar preso a padrões, eu apenas quero ser livre, sentir o ar, saber que estas comigo.
Eu me perdi, eu me achei, e me encontrei, encontrei-me em teus olhos, e aprendi a buscar novos cominhos, eu só posso lhe agradece, por cada riso, cada lagrima, cada pessoa que de algum modo entrou em minha vida esse ano, e agradece aquelas que permaneceram por mais um ano.
Eu não busco ser um padrão, eu apenas busco minha felicidade, e minha felicidade é esta com pessoas que eu amo, ri e ter brigas com elas, vivencia o que for possível, e não ter medo do futuro, futuro incerto? Talvez mais lança-se é isto, eu apenas confiar em você.

Eu apenas fechei os meus olhos, e conseguir ser livre, livre de mim, de ideias que não nos completa, apenas nos tornam mais presos, e que o medo não nos pare. Minha última carta de Advento

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

III Domingo do Advento.

Terceiro Domingo do Advento, hoje a homilia do padre na missa me chamou muito a atenção, ele propôs uma reflexão de como estamos nessa terceira semana do Advento, como foi e está sendo nossa caminhada. Eu comecei a pensa lembrei do ano passado, e nesse período estava bem complicado, as coisas estavam muito confusas. Hoje vejo como foi um serviu para fortalece amizades e fez com que eu crescesse.
A mudança faz parte de nossa vida, mais para que ela ocorra precisa da nossa participação, eu preciso está disponível para tais coisas. Nossos sentimentos devem está aberto a mudança, a vida é uma estrada devemos percorre-la.
Os planos para futuro? Não sei, eu desde do ano passado resolvi não fazer planos para o futuro, apenas desejo viver da forma mais intensa e louco possível, eu apenas desejo está perto da sua loucura, e conseguir me manter lucido.
Vi que eu nunca vou me encaixa nos padrões no “ideal”, eu amo minha liberdade, amo meus sonhos, e não posso está preso a ideias, minha loucura me leva a você, entre sonhos e medos, eu o busco em minhas noites, como a lua nunca consegue se separa do mar, eu não o consigo deixa-lo.
Não consigo mais escrever, então é isto minha terceira carta de Advento, eu apenas que amor, paz e liberdade. E paz não é ausência de guerras, e sim certeza do que acredito, e confiança em você.


domingo, 7 de dezembro de 2014

II Domingo do Advento.

Segundo domingo do advento, seguimos avaliando o ano, conseguir começa a estudar italiano, e estudei durante um tempo latim, foi bem legal os encontros de latim, conheci uma nova pessoa esse ano, e tem sido legal conviver com ela, e reencontrei uma pessoa antiga, que estou a descobrindo melhor, por mais chata que ela seja.
Também comecei a dar aula de violão, é uma experiência muito legal, e nova pra mim, um ano que fui para várias festas, tão estranho, eu que não sou fã de multidões. Este ano posso diz que ia ser bem corrido, mais estou chegando ao fim bem, e mais tranquilo de mim mesmo.
Eu busquei vive, e acredita no que sou, sei que sempre esteve e estará ao meu lado, nossa loucura nos une, você conhece minha alma melhor do que eu, fiz também várias besteiras, mas viagem na minha loucura que me leva a você, eu consegui senti-lo em vários momentos.
Houve dificuldades sim, mais coisas normais para nos humanos, eu lembro de Sartre nesse momento, e as coisas de angustia, que sempre temos. Foi complicado ver pessoas que eu não pensava que eram idiotas, se mostrando idiotas. Houve eleições esse ano, e vi como algumas pessoas desejavam manipular sua igreja para o uso delas, como usaram o seu nome, de uma forma suja, e como a política é suja, mostrou que vivemos num país bem dividido ainda, onde as pessoas são manipuladas pelas mídias.
Como ainda há pessoas que querem a volta de um passado, que elas não viveram, e não entende o mal que isto nos fez, quantas pessoas inocentes morreram nisso, a ditadura não é boa e nunca será, e você sabe que iremos lutar por nossa liberdade, liberdade essa que teve um preso muito alto o preso de sangue, não só seu, mais de outras pessoas que se tornaram mártires, que deram seu sangue pela liberdade, as pessoas esquecem que devemos primeiro amar, e o amor é responsável.
Também vi pessoas ótimas presas por ideias que não são o ideal, nossos padrões devem ser revistos, e devemos nos colocar mais num patamar de humanidade, sermos menos juízes, e sim mais pessoas, rimos, choramos e temos sentimentos, não somos maquinas, e devemos nos preocupar menos com preceitos que já não são capazes de demostrar nossa humanidade, e temos como exemplo você, que sempre quis e sempre quebrou as regras.
Obrigado pelo papa Francisco ele vem mostrando, como devemos ser humanos, ele me reflete muito você, e como você é simples, e tem bom humor, não devemos colocar nossas frustrações como culpa sua, devemos sempre busca o nosso melhor.

E por mais que eu não entenda as coisas agora, sei que num futuro eu conseguirei entender, vamos seguir em frente, temos muito ainda, eu sei que sempre estarás aqui. Obrigado por me controlar quando é necessário, não deixa que eu me perca. Ich danke dir für alle. E segamos nosso caminha, temos mais uma semana de advento, e o tempo nos levara a você. Eu entrego o futuro em tuas mãos e tu sabes de minha oração, que o medo não seja o meu guia, e que eu no fim o encontre meu amado. Pax et Bonum.

PS: lembrei, esse ano escrevi meu primeiro ensaio sobre Frei Tito de Alencar. 
Essa é minha segunda carta de Advento. :)

domingo, 30 de novembro de 2014

I Domingo do Advento.

Feliz primeiro domingo do advento, meu amado, como é bom ter mais um advento ao teu lado, foram tantos planos para este ano, e agora posso avaliar o que eu conquistei e as perdas que tive este ano. Sonhos que foram realizados, desejos alcançados e conquistas.
Este ano veio de um ano muito difícil que foi 2013, mas em 2014 tivemos ótimas conquistas uma dela foi a entrada na UECE, eu te agradeço por isto foi uma conquista nossa, não posso nega-lo nos momentos bons. Foi um primeiro semestre bem corrido, tivemos também algumas viagens, e apresentações tanto com o Teruá e com o Coral. Foi um ano de experiências novas, novo sons e estudos, correria da filosofia, conhecendo novos pensamentos e pessoas, tanta gente que passou em minha vida, e tanta besteira que eu fiz, ainda faço. Conheci professores malucos, e gente doida, um ambiente onde minha fé era tentada? Acho que não me senti perto de ti, não tenho medo, eu sei o que eu quero.
Foi um ano de perdas também, muita gente boa foi embora, é sempre complicado avaliar isto, esse ano perdi um grande amigo, o meu amigo Felipe Cruz, foi um grande cara, com quem tive a honra de tocar e conviver, ele faz falta, perdemos bons músicos esse ano e boas pessoas, Paco de Lucia, poetas como Ariano Suassuna, Manuel de Barros, nesses últimos dias foram duas pessoas muito fodas, e muito importantes, Seu Lunga que era uma lenda viva do nordeste do Ceara, e logo depois uma pessoa brilhante que fez várias pessoas rirem Roberto Gómez Bolaños, uma pessoa que marcou minha infância, e sempre será lembrado, meu primeiro herói, o Vermelhinho, ou o Chaves, também este ano fez um ano da perda de minha Mãe, e pouco tempo depois foi o meu Tio, que também partiu, e quando lembro dessas pessoas, só posso acredita nas palavras de Santo Agostinho, que isto será passageiro, e logo , logo estaremos juntos.
O ano também teve coisas boas, dois anos do meu afilhado, e um ano de sua irmã, conheci pessoas novas, redescobri algumas velhas pessoas, e foi um ano de um bom trabalho, conseguimos realizar o Primeiro Sabacu da Arte no Sistema, deu trabalho mais foi gratificante, e de uma felicidade muito boa, foi um ano bom, a Alemanha foi campeã do mundo, e o melhor foi a goleada sobre o Brasil.
Assim termino minha primeira carta de Advento, Paz e Unidade, meu amado, e até breve.

Fortaleza, 30 de novembro de 2014.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Hoje posso dizer que um ciclo terminou na minha vida, eu terminei de ler Os Miseráveis, um livro intenso, vivo e apaixonante de Victor Hugo. Um livro que me fez ter uma série de questionamentos, sobre a nossa sociedade, por que ficamos preso a uma moral?  Moral que não nos serve, ou por que julgamos as pessoas mais por sua aparecia, do que pelas suas atitudes? As pessoas não podem mudar? Somos sempre culpados pelos nossos atos?  Nossas atitudes mudam o nosso meio?
Um menino que ver sua família passa fome, e por isto rouba um pão, é preso e condenando a ir para o inferno, onde ele perde a dignidade humana, e ganha apenas um número e é esquecido do mundo. Quando ele ganha a liberdade, todos o julga pela sua aparência e pelo seu passado, e já o condenam, porem uma pessoa o lembra que ele é humano, que ele tem dignidade.
Esta pessoa é um religioso, o que deveria ser o esperando, o Bispo de Digne, monsenhor Myriel, uma figura que é uma forte crítica aos nossos religiosos, uma crítica construtiva, pois mostra como as pessoas que resolveram abraça a Deus deveriam, não ter medo do homem, não podemos julgar, quem somos nós para tal coisa? Cristo foi um dos grandes exemplos, ele andava com pobres, pecadores e prostitutas, ele na sua época era considerado um bandido ou um arruaceiro, provavelmente seria chamado hoje por muitos religiosos, de pecador, de vagabundo, quando ele foi um exemplo de humanidade, humildade, um exemplo de amor.
A atitude do Bispo mudou a vida deste homem, ele sentiu-se apenas respeitado e amado, e o Bispo com sua ação o ganhou, mostrou que sempre teremos nossa dignidade diante de Deus. Deus não é um joguete humano, e não pode ficar preso as nossas morais e as nossas vontades, quando conhecemos esse amor e sabemos que ele é verdadeiro as coisas fluem naturalmente.
Um homem nunca será perdoado pelo seu pecado? Jean Valjean esteve sempre preso ao seu passado, por mais ele tenha se tornado prefeito, e ter feito várias obras boas a uma cidade as pessoas, ainda assim o julgava e o condenaram a uma vida de cão. Sempre sendo perseguidos por um erro, que é mais culpa da sociedade do que sua mesma. E por mais bondade que ele tenha feito a uma cidade, ele foi preso e condenado novamente pelo seu passado.
Porem ele não desistiu, e buscou sua humanidade, e não desistiu de seus sentimentos e sua palavra. Lutou buscou a criança de uma prostituta, que também foi vítima da sociedade. Ele cuidou e fez o seu melhor, essa criança torna-se uma linda mulher, a flor mais bela de um jardim, e no tempo certo a entregou para a felicidade.
E finalmente ele pode descansar encontra o que lhe faltava o equilíbrio que faltava, encontrou a remição dos seus pecados, encontrou Deus, e os seus, as pessoas que ele amava.
Os Miseráveis não é um mero livro, é uma lição de vida, nos mostra como devemos ser melhores, como não podemos fica preso a ideais que não são ideais, são apenas coisas secundarias, nossa primeira necessidade, é o amor, amar como sempre desejamos ser, e não apenas fica com um julgamento superficial, que nos afasta das pessoas e não nos deixa ver a realidade, a humanidade, precisa de mais humanos, pessoas que não tenha medo de tocar as outras, e que se olhe nos olhos, e possamos construir um mundo melhor, com consciência de que somos maiores que isto, vivemos num coletivo, o que eu faço altera a vida do meu semelhante, e vise e versa.
Que o amor seja a máquina que nos mova. A essência das pessoas, não nascemos sabendo odiar.

“Ele dorme. Embora a sorte tenha-lhe sido bem estranha,
Ele vivia. Morreu quando não teve mais seu anjo.
A coisa simplesmente veio por ela mesma,

Assim como a noite chega quando o dia se vai. – Victor Hugo.”

sábado, 15 de novembro de 2014

Não se pode amar sozinho, o amor para existir entre duas pessoas, não pode ser unilateral, tem que partir de ambas as partes, por mais que o amor exista de um dos lados. Ele não poderá sobreviver muito tempo.
Eu a amo, sei disto, assim como sei que ela não tem amor por mim. Por mais que eu a deseje, e queira lutar por ela, não seria capaz desta luta sozinho. Hoje me sinto fraco, combater batalhas que eu já entrei derrotado, cansa e é doloroso no final.
Eu amo passa as horas do meu dia contigo, amo tu sendo chata, amo teu sorriso, e tua presença, quando tu estas a beleza vem aos meus olhos a vida surgi e tu me traz uma paz, aquela paz, que eu me sinto bem, feliz porque tu estas. Basta tu me ligar e me chama para qualquer lugar que eu irei contigo, desde de uma simples ida ao centro (da cidade) ou ir da aula contigo. O amor é uma doação ao outro também, mas é uma doação de ambas as partes, e hoje eu não posso mais me doar, chegou no meu limite. Eu ti olho, e vejo muito do que eu quero, muito do que eu espero, muito do que me completa, mas chegou um ponto que eu não posso me enganar, eu espero algo que nunca existira de tua parte.
Esta contigo ainda é ótimo, me sinto bem, conversamos sobre música, amor ti ver cantar, ouvir tua voz me deixa feliz, amo ver o mar, ver a cidade, ver a lua contigo, amo cada momento que tive na tua presença. Mas ultimamente algo foi quebrado, ou foi revelado, eu a sinto longe, e eu cada vez mais me distancio. Há algo de estranho, algo mudou. Eu não me sinto mais o mesmo.
Eu quis compartilha algo do meu mundo contigo, eu olho e a vejo, dona de uma beleza tão linda, que eu desejo. Mas não me vejo em teu mundo, eu sou pequeno demais para isto, tua beleza me ofusca, e eu me perco no teu mundo. Isto é sem sentido?
Eu busco algo que não ha em teu mundo, buscamos ideias diferentes, eu não me encaixo em padrões de beleza, eu não sou bonito para apresentar a tua família, eu sou apenas livre e minha liberdade não pode lhe oferecer nada, apenas a essência dela, que é o sonho.

Eu não caibo no teu mundo, é triste. Mas eu ainda a amo, e talvez sempre a amarei, porem hoje vejo que este amor nunca será real. E é melhor que eu parta, “devo andere via”. Eu devo buscar o meu caminho, e buscar achar o equilíbrio que eu perdi no caminho.

sábado, 25 de outubro de 2014

A dor e alegria andam juntas, quando estou com você me sinto tão livre, tão feliz, mas ao mesmo tempo há uma fragilidade dentro de mim. Eu nunca conseguirei ser melhor por você, como fico feliz em estar com você, te ver sorrir, te ver cantar, te ter.
A beleza da música se espalha em teu corpo, como és bela minha amada, como todo o teu ser tem uma força que me encantar, te ver me faz bem, por mais que me torne frágil, eu quero corre o risco de te amar, saber que eu joguei, eu fui até o fim, fui eu, eu que escolhi, eu desejei lutar por você, superar as distancias, as dores o medo, e isto me levou a novos medos, o medo de não vê-la mais, o medo de perde-la, minha imperfeição, meus temores cada vez voltam, porem desejo seguir em frente.

Tua voz me encanta, teu ser me encanta, como ficou louco quando a vejo, quando estou com você não há distancias, minha mente voa, me sinto livre, uma liberdade que é compartilhado, me sinto livre porque estou com você, meu coração inquieto, pede pra te ver. Eu quero gritar ao mundo, tu és importante aos meus olhos, tu tens um grande valor, uma linda dama.

domingo, 19 de outubro de 2014

Meu amado, como foi bom reencontra-lo hoje, como teus braços me passam segurança, como senti tua falta durante todo este tempo, eu me senti abraçado por ti, que belo sol que me destes hoje pela manhã.  Como preciso de ti, só tu consegue compreender minha fragilidade, me sinto mais frágil do que nunca, não quero perde-lo.
Como fico feliz de vê-lo de uma forma tão simples, tão frágil, o teu amor, junta os meus cacos, e me faz me sentir tão digno, tão amado, tão perto de uma pureza, que só a encontro em teus olhos.
Minha pequena alma tem sede de ti, como eu ti busquei por diversos caminhos, mais só através da verdade o encontrei, eu desejo ama-lo, e ti amando amarei a verdade, amando a verdade amarei meus amigos, minha vida, minha pequenez humana.

Nunca quero te perder, nunca quero perder teus olhos, e o teu som, tua vida, que me leva a loucura do amor.

sábado, 18 de outubro de 2014

Os Riscos de Lançar os Dados.

O que move o humano? Não seria o desejo pelo risco? O desejo pelo lança-se? O impossível é mais atraente do que o provável?
O desejo do risco nos move, faz com que busquemos o que não é logico, um misto de prazer, dor e angustia estão escondidos nesta busca. Quando lançamos os dados não há mais volta, “a roda do destino” neste momento gira, onde irá para? Ou onde os dados irão cair? Não cabe mais a nos responder. E sim buscar como jogar nesta situação, como seremos bons jogadores? Esta situação pode ser aplicada em diversos momentos da nossa vida, iremos refletir então sobre o amor.
Deixo bem claro, este é um pensamento meu, irei usa algumas ideias de Sartre e de outros autores.
O amor nos faz arriscar, o que que arriscamos quando amamos? O que ganhamos e o que perdemos?
Não podemos esquece em nenhum momento que; toda ação há uma reação, isto é uma lei da física, logo podemos saber que, toda escolha de liberdade me torna preso de suas consequências, e com o amor não é diferente.
Eu escolho amar? Então poderia eu escolher desamar? Quando eu escolho amar devo ter consciência de suas consequências. Eu escolhi ama-la, sei do risco que corro, e desde risco talvez tenha uma única certeza, irei perde-la. Sim, é algo que pode ocorrer e é quase certo que o ocorra, vou perde-la, ou por meus erros ou por vontade dela.
Eu escolhi ama-la mesmo sendo ela chata, mesmo conhecendo suas falhas, e eu conheço as minhas? Minhas falhas e meus medos a levam para longe dela. O medo me trava, e este medo faz com que eu fique refém dos dados, quando deveria eu tomar os dados em minhas mãos e joga-los.
Este jogar carrega várias coisas, o perigo, o gosto por este perigo, como está em uma noite com ela, e lança os dados, posso ganhar e perde. Como a brincadeira é perigosa, no momento estou por cima, em outro caio. O amor e dar algo a alguém que tem tudo, seria quase impossível.
Ela não desejar o ser perfeito, até porque ele não existe, não ela conseguiria enxergar beleza na imperfeição? Eu poderia ter a segurança, mas não eu desejei o risco, e me lancei, abrir mão da segurança.
O amor nos faz ter menos razão, ficamos cegos, esta cegueira me faz com que eu não tenha o controle, isto me assusta, eu preciso desde controle, sem ele, eu tenho medo. Este medo faz com que eu não consiga, lhe diz o que eu desejo, como eu queria abrir seus olhos e tu enxergasse o que me move a você.
Desta forma, a consequência lógica é que eu a perca, poderei eu perder algo que eu não tive? Será que eu não tive? Como é bom olhar para o lado e ver teus olhos, como eu desejaria ter a razão por enamorada, talvez esta não me levasse a ver como cada momento perto de ti é magico, como eu quero lança nos teus braços e ser abraçado pelo perigo, estaria em paz comigo? Esta paz não é ausência de guerra. E esta ausência tem um preso a ser pago. Como todas os argumentos são pequenos diante de tua beleza. Como eu tenho raiva de mim mesmo, como isto me faz perder a razão, os meus sentidos se perdem, não consigo mais escreve, com um raciocínio, tua imagem toma conta de minha mente, fico sem defesas, eu me torno apenas sentimentos, e estes sentimentos, me torna frágil, esta fragilidade me machuca, esta é a consequência.
Chega de mentir, são os pequenos desejos que nos fazem perder o controle, e perdendo o controle eles se tornam grandes, e por fim incontroláveis. Fazendo nos reféns deles.
É melhor que eu pare de escreve agora, uma droga chamada amor já entrou no meu sangue, e ela está me fazendo perder minha lucidez, agora só vejo sombras, um dia poderei ver a realidade em plenitude.
  


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Die Liebe.

Fortaleza, 10 de outubro de 2014
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Die Liebe

Hoje estava eu conversando com uma pessoa importante para mim, discutíamos sobre o amor. Será que esse era o seu nome mesmo? Será que ele é real? Durante a discussão pensei: “O amor é aquilo que, quando, se tem faz com que as horas voem, aquilo que lhe tira o sono, que faz com que você pense no ser amado e perca o sono, aquilo que seus olhos brilham por ele, aquilo que por mais chata que a pessoa seja, você deseja estar com ela. Cada hora com ela é importante cada sorriso, cada gesto, cada meiguice que ela faça lhe é magico”
A pessoa com quem eu estava disse: - eu não tenho este ser amado. Eu pensei, também não o tenho. Porem tornei a refletir, tenho eu este ser amado? Sim, a  tenho, mas as vezes sinto que não a tenho, tão próximo e ao mesmo tempo tão distante. Eu posso tê-la em vários momentos, mas nunca terei sua alma, seu ser. Eu não consigo faz seus olhos brilharem. Sua face para mim reflete o pôr do sol, sua presença, sua vida. Eu para ela o que reflito? O que eu sou para ela?
Eu não consigo responder estas perguntas. Ela talvez seja meu sonho. No caminha de volta, sentir uma sensação de liberdade, pensei em Werther, e como o amor foi decisivo para ele. Ele teve coragem de ir até o fim, pensei sobre a dor de algumas decisões que temos que tomar. Deixa algumas pessoas irem, por mais que eu deseje a liberdade, não sei deixa-la ir.
Eu desejei escrever, quero escrever sobre Werther, sobre as dores, sobre os amores perdidos, os amores achados, os sonhos que os sonhamos, e que os buscamos. Como desejei leva-la para viver a minha loucura, ver os meus sonhos, como desejei contemplar seu corpo, seus dedos, seu ser, tão perto e tão distante.
O amor nasceu de alguém miserável que não tinha nada, e quis dar algo para quem tinha tudo. A vida é uma eterna busca, buscar de um tudo em meio ao nada, nossa pequenez, nossos medos.
Eu apenas desejo viver todos os momentos que eu possa ao seu lado, eu posso nunca ser o teu ser amado, mais sempre buscarei o teu sorriso, o teu dia, e buscar ir além, além de uma alegria superficial. Irmos a alegria de uma loucura que me junta a você, amado tu és a fonte do bem primário. Que a loucura me alimente, me torne mais vivo e perto de teus olhos e de teus amores.

domingo, 5 de outubro de 2014

Hoje eu acordei com a tua saudade,
Hoje eu desejo me embriagar com a tua lembrança,
Desejo beber os teus beijos,
E perde-me no teu abraço.

Eu desejo engolir Cazuza,
E solta-lo em mil beijos,
E que o vento,
os leve ate tua boca.
Minha Amada.

domingo, 21 de setembro de 2014

Onde escondestes a beleza?
Por acaso a escondestes dentro dos teus olhos?
a escondestes dentro de tua face? ou dentro de tua boca?
Eu a busco em outro lugares, mas só a acho dentro do teu ser, dentro do teu corpo, na tua presença, na tua vida.
Eu desejo ter tua alma, tua liberdade, a tua doce lembrança.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Saudades d’ti.

Não sabes, como hoje desejei não conhecê-la, como desejei apagar sua imagem de minha mente. Eu iria rasgar tuas fotos, tira-las de mim. Porem eu parei e em meios a lagrimas comecei a contempla-las.
                        Como o desenho de tua face me fascinou. Eu senti tua falta, saudades de tua presença, vontade de ouvir tua voz, de ter teu cheiro, teus olhares, do qual me encantaram na última vez que os vir. Sentir falta dos teus negros olhos e de teus cabelos negros como a noite sem lua. Lembrei-me de teu sorriso, e de caminhamos na praia e observamos a estrelas. Sinto tua falta.

domingo, 10 de agosto de 2014

Minha Oração.

Sinto meu cavalo,
ele respira de forma intensa,
vejo o frio da noite,
mil dias de sol,
serão trocados por essa noite.

Os olhos veem batalhas
minha espada respinga sangue,
poderemos viver?
no ar um clima pesado,
os olhos refletem,
a essência estranha
do que é a morte.

Sombras de um passado,
Corro para a floresta a luta continua.
Tento vence os meus medos,
Sinto a sua falta,
onde se escondestes?

O céu parece calmo e sereno,
Só a lua a nos vigiar,
O seu brilho reflete
O campo de batalha,
Mortos ao redor,
Sangue sobre a terra,

Desejos se revelam
Poderei eu sobreviver a isso?
O som do metal das laminas,
São ouvidos, o medo é
presença real,

Eu o desejaria encontra no meio disso;
onde se escondestes?
Eu abaixo a minha cabeça e oro,
busco encontra-lo entre as suplicas,
Onde estas? Escuta a minha prece,
Não me deixai só no meio do turbilhão

A tempestade começa,
O meu corpo fica frio
Irei lutar ate o fim,
perder ti é um pecado,
Eis que o fim está próximo.

A lua sonolenta se despede
O grande astro se poem de pé
e a tormenta, apenas silencia.
aguardando mais uma noite.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Batismo de Sangue.

                                                                                                                        Por Marcelo Freitas Sales

                                      Nasce em Fortaleza no dia 14 de setembro de 1945 um menino, que seus pais colocaram o nome de Tito de Alencar Lima, mais tarde iria ficar conhecido como Frei Tito. Durante sua juventude estudou no Liceu do Ceará, uma escola tradicional de sua cidade. Sua família tinha envolvimentos nas lutas sociais, seus irmãos lutaram em movimentos comunistas.  Em 1963 ingressou no noviciado da Ordem dos Pregadores de São Domingos conhecida como Dominicanos. Em 1966 fez os votos perpétuos, no ano seguinte foi enviado para São Paulo onde começou a estudar filosofia, ocasião em que começou a envolvesse com os movimentos políticos estudantis. Em 1968 foi preso a primeira vez por participar de um congresso clandestino da União dos Estudantes (UNE) em Ibiúna, foi fichado e começou a ser perseguido pela repressão militar. A segunda prisão de Frei Tito ocorreu no dia 4 de novembro 1969, ele e outros frades dominicanos foram presos pelo delegado Sergio Paranhos Fleury do departamento de ordem políticas e social (DOPS), Ele sofreu torturas em quanto estava nesse órgão, após um mês foi transferido para o presidio Tiradentes e no início dos anos 70 foi novamente torturado nos porões da chamada “operação Bandeirantes”, Tito foi solto em 1971, ele foi uma dos vários presos solto por conta do sequestro do embaixador suíço, ele foi para o Chile e lá correndo o risco de ser preso novamente fugiu para a Itália e depois foi para um convento da ordem em Paris. Frei Tito relatou em uma entrevista a uma revista italiana chamada Il Gallo n4 (303), abril de 1972 e n5 (304), maio de 1972, em entrevista realizada por Claúdio Zanchetti, Tito nos contar que no momento de sua prisão. O sinistro Sergio Fleury chefe do esquadrão da morte, dar-lhe o seguinte aviso friamente: “- Gente de sua estipe não temos piedade nenhum. Somos pagos para isso. Sabemos que você tem muito para contar. Se não quiser fala será pior para você. Te torturaremos. ”. Com esse relato podemos pensa o que o aguardava. Segundo frei Betto no seu livro Batismo de sangue de 2006 no capítulo sobre Marighella, Tito era acusado juntos com outros dominicanos da morte de Carlos Marighella, quando na verdade foi uma emboscada armada pelo próprio DOPS, o que para o governo foi ótimo, pois como diria no ditado popular mataram dois coelhos com uma bala só, o fato foi que o governo assassinou Marighella e conseguiu acusa os freis dominicanos. Segundo a revista Veja do dia 12 de novembro de 1969, os freis dominicanos Tito e os outros freis foram presos, frei Fernando (um dos presos pelo DOPS) foram forçados a marca um encontro com Marighella, nesse encontro os policiais do DOPS fizeram uma emboscada. No dia do encontro havia uma camionete com policiais e um carro com supostos” namorados” e além do fusca dos freis. Quando Marighella chegou dirigiu-se direto ao carro dos freis, esses assustados se jogaram no chão, enquanto Carlos Marighella reagiu à prisão e f oi morto.
Tito relata a revista italiana IL GALLO n°4 (303), abril de 1972 e n°5 (304), maio de 1972. Entrevista realizada por Claúdio Zanchetti que na prisão recebera a visita de um cardeal, o cardeal Rossi, segundo Tito ele foi super grosseiro e acreditou (ou foi omisso) na
versão da polícia que disse que não havia tortura, Cardeal Rossi foi indiferente ao caso dos freis, sendo mais parecido com um delegado do que com um pastor. Rossi sempre foi um homem que deu apoio a polícia e ao governo de São Paulo. Tito e os outros colocaram a sua situação ao cardeal esse permaneceu indiferente, três meses depois da visita começa o processo contra Tito no caso do congresso de Ibiúna. Irei fala um pouco sobre outros padre, bispos e cardeais, seguindo o exemplo de Frei Tito de Alencar e dos outros frades dominicanos. Irei fala um pouco sobre personagens bem conhecidos como Dom Pedro Casaldáliga, Dom Evaristo Arns e de Dom Helder Câmara, cearense e na época bispo da arquidiocese do Recife, e citarei alguns outros padres, que foram mortos pelos militares por discorda do regime.      “A igreja não pode omitir-se. As provas das torturas trazemos no corpo. – Frei Tito de Alencar”. Em entrevista no portal da IG no dia 17/072012 Frei Betto diz que: Alguns membros da igreja se omitira as torturas sofridas pelos freis e não só por eles mais pelos os outros presos, porem quando o cardeal italiano Agostino Casaroli tornou conhecimento das torturas e das atrocidades que ocorria no Brasil e mais especificamente em São Paulo comunicou ao então Papa Paulo VI, e com isso o Papa começou a apoia os freis dominicanos presos e os superiores da ordem na Itália também, segundo frei Betto em uma entrevista dada no portal da IG. Assim o cardeal Rossi foi chamado a Roma pelo Papa, e nessa sua viagem ocorrera um episódio no mínimo folclórico, o cardeal Rossi celebrou a missa, e em sua homilia ele afirmou que no Brasil não existia tortura, e após a homilia, na hora da oração dos fieis os seminaristas brasileiros que lá estavam também em Roma, começaram a rezar em intenção de vários presos que foram torturados e assassinados, dessa forma a moral do cardeal foi completamente massacrada, pois a fonte das denúncias era o próprio Vaticano. Quando chegou de volta ao Brasil o cardeal Rossi soube que fora demitido e um outro cardeal assumira seu lugar, o Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Evaristo é frei da ordem dos frades menores franciscanos, quando assumiu como bispo de São Paulo, a história da igreja com relação a ditadura começou a mudar, Dom Paulo bateu de frente todo tempo com o regime militar, com isso a tensão só aumentava, em Recife surgia outra forte liderança católica Dom Helder Câmara, segundo o escritor  Fernando Basto Ávila no seu livro Profetas e Profecias numa visão interdisciplinar e contemporânea (São Paulo edições Loyola 2000), Dom Helder foi outro duro crítico e opositor do regime. Em recife houve o assassinato do Padre Henrique Pereira, que era um dos padres mais ativos e envolvidos com a juventude católica no Recife. Dom Helder Câmara rapidamente se manifestou contra esse assassinato e começou a reação da igreja contra o regime.   Em uma matéria escrita para a agencia Brasil no dia 19 de abril a repórter Christina Machado relata as ameaças de morte a Dom Pedro Casaldáliga; Houve também a tentativa de assassinato de Dom Pedro Casaldáliga, que no fim culminou com a morte de um sacerdote jesuíta. Dom Pedro recebeu a notícia que duas mulheres estavam sendo torturadas na delegacia do povoado de Ribeirão Bonito no Mato Grosso, então ele foi, em companhia do padre jesuíta João Bosco Penido Burnier, até o local da tortura, chegando lá houve uma forte discussão com os policiais, então os religiosos ameaçam de denuncia os policiais às autoridades, sendo então agredidos pelos militares e em seguida alvejado com um tiro na nuca o Padre Burnier, que
morre. Dom Pedro celebra a missa de sétimo dia do sacerdote Burnier, depois da celebração a população seguiu até a delegacia lá chegando soltaram os presos e destruíram o prédio e onde era esse prédio foi erguido uma igreja. Dom Pedro foi alvo de cinco processos para ser extraditado do Brasil, em sua defesa apareceu o Cardeal Dom Evaristo Arns. Movido por tudo que ocorrera e que estava ocorrendo Dom Evaristo Arns fundou então o grupo Clamor, a Comissão de Justiça e Paz, o Brasil nunca mais, e uma serie de instrumentos que ele foi criando para a defesa dos direitos humanos, dessa forma a igreja foi se afastando até o ponto de emitir notas contra a ditadura. A ordem dominicana era uma caixa de ressonância para a Europa, dessa forma o governo militar proibiu a vinda de religiosos de outros países para visita os dominicanos, nenhum movimento da esquerda tinha a força e os contatos que os freis tinham, assim os freis ficaram presos por dois anos como presos políticos, depois começaram a ser tratados como presos comuns, assim eles foram transferidos para vários presídios como o Carandiru, Presidente Venceslau e por fim o presidio de Tiradentes, onde ocorreu um fato engraçado. Como os dominicanos estavam proibidos de receber visita de religiosos estrangeiros. O cardeal holandês Bernardus Alfrink se passou de sacristão do Bispo de Lins, na visita aos freis ele anotou os relatos de torturas, após a visita na mesmo noite o Cardeal holandês voltou para Amsterdam, onde ao chega na capital holandesa toda imprensa já estava convocada para uma entrevista onde foi denunciado tudo que estava ocorrendo no Brasil. Dom Evaristo com a ajuda do Rabino Judeu Henry Sobel e do pastor Protestante Jamie Wright conseguiram juntos recolhe clandestinamente mais de mil relatos de torturas no final foi publicado o livro “Tortura Nunca Mais”. (as referências é o próprio livro Tortura Nunca Mais do Dom Evaristo.) “O cristianismo não pode calar diante das injustiças, pois calar é trair. Seu dever é tornar-se sal da terra e luz do mundo – Frei Tito de Alencar Publicado no "Front Brésilien d'Information", n°3 - agosto, 1971.”. As palavras de frei Tito mostram como o cristão verdadeiramente deve se posiciona, o cristão não deve se calar diante das injustiças, não podemos esquecer que o centro de nossa vida é Cristo. Cristo nos ensinou a não ser calar diante das injustiças, e por isso ele foi morto, ele denunciava o modo de vida dos fariseus e outras pessoas da classe dominante da sua época, isso os incomodou, também pelo fato de Cristo despreza tudo o que os fariseus desejavam. Depois desses vários fatos ocorridos a igreja começa a se organiza na lutar contra o regime, vejamos como foi essa organização. O movimento universitário foi um dos primeiros a se erguer contra o regime de força que se instalava. Por ocasião da transferência do Arcebispo Dom Helder Câmara do Rio de Janeiro para Recife (Nordeste), criaram uma ofensiva para denunciar a arbitrariedade do poder jurídico e militar. Em 1967, a Ação Católica Operária do Nordeste distribuiu um documento denunciando o nível de vida dos operários da região que recebiam um salário de fome. Em 1968, Dom Cândido Padin publicou um documento onde analisava a doutrina da Segurança Nacional, dos militares, à luz da mensagem evangélica. Nesse documento encontra-se excelente crítica à concepção pseudo-positivista dos grupos militares brasileiros. Os bispos do Nordeste se organizaram para a publicação de uma série de documentos que testemunham uma maturidade política e cristã notáveis, em defesa dos direitos do homem. “Ouvi os clamores do povo” é o bem escolhido título desse pronunciamento.
Voltando a fala um pouco sobre os dominicanos, nas missas dominicais que frei Chico celebrava eram lotadas de fieis, pessoas que vinham ouvi-lo, sua homilia era sempre carregada com conteúdo político e contra o regime, ele o criticava fortemente. Nesse período surgia outro movimento dentro da igreja, as CEBs (Comunidades Eclesiais de Bases), esse movimento crescia sem grandes barulhos e seus frutos vieram depois. Podendo ser a sementeiro de todo o movimento social que veio depois.  Voltamos a fala de frei Tito, durante sua prisão ele sofreu várias torturas, entre elas o pau de arara que consiste em prender a pessoa pelas mãos e pés em uma barra de ferro ou madeira e suspende-la, só isso já pode ser considerado uma tortura, mas não parava só por ai, nessa situação ele começou a ser espancado com chutes, socos e cassetetes, havia também choques elétricos que podiam varia de local, podendo ser nos testículos, nos ouvidos ou nos seios. Quando ocorria nos ouvidos isso poderia deixar a pessoa surda, e nos testículos poderia deixa-lo estéreo. Frei Tito também passou pela cadeira do dragão, isso consistia em uma cadeira elétrica, onde a vítima ficava amarrada pelos pulsos, e era posto fios, na uretra, língua, dedos dos pés, orelhas e seios no caso das mulheres, isso claro a vítima esta nua, suas pernas eram afastadas para trás por uma travessa de madeira que fazia que a cada choque sofrido pela vítima ela batesse a perna com violência na madeira, causando ferimentos profundos. Frei Tito relata também receber choques na língua, o seu torturador dizia que isso era para ele receber a hóstia. Uma vez já na França Tito participava de uma celebração e na hora de recebe a eucaristia veio a sua cabeça a lembranças das torturas, com isso ele saiu correndo em desespero pelo convento. O telefone foi outro método de tortura aplicado em Tito, o telefone consiste em: o torturado coloca as mãos em forma de concha, e a seu tempo vai batendo no ouvido do torturado, na grande maioria das vezes as pessoas que sofria isso perdia a audição.
Num dos depoimentos das torturas sofridas por Frei Tito é possível perceber o que levou ao desfecho trágico de sua morte: “Dois fios foram amarrados em minhas mãos e um na orelha esquerda. A cada descarga eu estremecia todo, como se o organismo fosse se decompor. Da sessão de choques passaram-me ao pau-de-arara. (...) Uma hora depois, como o corpo todo ferido e sangrando, desmaiei. Fui desamarrado e reanimado. Conduziram-me a outra sala dizendo que passariam a descarga de 220 volts a fim de eu falasse ‘antes de morrer’ (...) ”.( Este é o depoimento de Frei Tito de Alencar Lima, 24 anos. Dominicano. (Redigido por ele mesmo na prisão. Este depoimento escrito em fevereiro de 1970 saiu clandestinamente da prisão e foi publicado, entre outros, pelas revistas Look e Europeu.).
Frei Tito foi liberto junto com outros 69 presos pela soltura do embaixador suíço sequestrado em 7 de dezembro de 1970 isso foi relatado pelo jornalista Elio Gaspari no seu livro As ilusões Armadas: A Ditadura Escancarada.
Durante sua estadia na França frei Tito passou por trata mento psicológico. O Dr. Jean-Claude Rolland falara no colóquio “Langage et Violence – Les effets des discours sur la subjectivité d’une époque” (Linguagem e violência – Os efeitos dos discursos na subjetividade de uma época). Sua conferência tinha por título, “Soigner, Témoigner” (Tratar, testemunhar) e era um relato do caso Tito de Alencar.
“Tito vivia na certeza de que ia ser morto de um momento ao outro. Essa impressão deve ter sido o que ele viveu durante todo o tempo em que ficou preso e, principalmente, durante as sessões de tortura. Interiormente, ele vivia como um condenado à morte e o recurso ao suicídio tem como princípio a lógica: matar-se em vez de ser morto”, diz o psicanalista. “É melhor morre do que perder a vida”, com essa frase podemos ver a coragem de frei Tito, como sua vida estava fundada na fé, Tito nunca se recuperara das torturas, durante o tempo que passou na França ele sofria de visões de que estava sendo perseguido e que ainda existia um carrasco atrás dele. Os seus torturadores no final conseguiram o que eles queriam o quebraram todo por dentro, sua alma por mais que se mantivesse em Deus, sua esperança e sua mente estavam feridas, as visões eram cada vez mais fortes, e as lembranças do terro vivido não saia de sua cabeça,  Por fim no dia 10 de agosto de 1974, frei Tito toma a decisão de não mais fica subjugado as lembranças de seus algozes e busca a sua liberdade plena. O suicido (essa versão ainda hoje e muito contestada, há pessoas que defendem a tese de que foi assassinado mesmo estando ele na França como exilado) foi o seu gesto de protesto e de reencontro, do outro lado da vida, da unidade perdida. Deixara vários textos e poesias, um vasto material, onde podemos ver sua alma, como a de uma criança assustada porem jamais perde sua inocência e força, podem consegui traumatiza-lo mais não o destruir, o seu suicídio foi a libertação, o descanso junto ao seu amado. Frei Tito é venerado por muitas pessoas de fé, que recorrem à sua intercessão em busca de graças. Recordá-lo é resgatar o sacrifício de todos que, no Brasil, lutaram pela restauração da ordem democrática. Ela ainda é frágil, porém promissora, considerando que a sociedade civil prossegue se organizando e mobilizando na conquista de cidadania e na consolidação da democracia. A princípio o corpo de Tito repousou no cemitério dominicano do Convento Sainte-Marie de La Tourette em Éveux na França. Em 1983 o seu corpo volta para a seu pais, sua primeira parada foi em São Paulo, onde ocorreu uma missa de corpo, nessa missa contou com a presença de vários padre e religiosos, a presidência da celebração foi de Dom Evaristo Arns, a cor da celebração foi a vermelha a cor que a igreja lembra os mártires. Dom Evaristo na homilia repudiou a tragédia da tortura, a celebração contou com mais de quatro mil pessoas, depois da parada e celebração em São Paulo seu corpo veio para a sua terra natal Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção onde repousa em paz no cemitério São João Batista. Poucos antes de morre Tito escreveu em sua agenda: “São noites de silencio, Vozes que clamam num espaço infinito, Um silencio do homem e um silencio de Deus. ”
E para concluir irei citar um pequeno paragrafo de uma carte de Frei Tito no exilio Publicado no "Front Brésilien d'Information", n°3 - agosto, 1971.
“Podemos concluir que a jovem Igreja do Brasil ajudo, e foi um produto da missão profética de João XXIII. Depois de muitos séculos de conservadorismo e de falsas tradições, a Igreja do Brasil mostrou sinais de uma profunda transformação que nasceu de uma consciência evangélica que se desenvolveu nos homens em coerência com sua missão terrena. Nós não existimos para salvar as almas, mas para salvar as criaturas, os seres humanos vivos, concretos, no tempo e no espaço bem definidos. Temos uma compreensão histórica profunda de Jesus. De todos os debates teológicos conciliares, é sem dúvida o referente à história da salvação que influenciou de modo decisivo nossa concepção de Igreja, da sua razão de ser, e de sua missão: A história da libertação do povo hebreu, eleito por Iahweh para tornar-se povo de Deus. É esta ideia de um "Povo de Deus" que orienta do ponto de vista teológico as transformações da Igreja no Brasil. Para nós, quem é o povo de Deus, concretamente? - São os trabalhadores, os operários, os explorados, os oprimidos, enfim toda a massa imensa que tem uma condição de vida desumana. Entre tais, Jesus toma o nome de Zeferino ou Antônio, um qualquer. ”  
               

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Patriota.

Eu vou torce contra a seleção, e me perguntaram se eu não sou patriota?
Eu agora respondo, "Se ser patriota e deixa se aliena por uma seleção com duas dúzias de semianalfabetos, e deixar ser manipulado por uma mídia que não retrata a verdade ou por ex-jogadores que fala mais merda do que esgoto estourado, então não, não sou patriota."


Porém se ser patriota é esta revoltado com a falta de hospitais de qualidade, escolas que realmente funcione e revoltado com gastos de milhões de reais em futebol, e sem fala nas desapropriações que no mínimo possam ser considerada vergonhosa. Sim eu sou patriota, amo meus pais e por isso me ponho contra essa sujeira que esta ocorrendo nele, onde um jogado é mais valorizado do que um doutor, um artista ou professor é para mim uma tristeza e vergonha, vergonha também é ver uma juventude que se aliena por futebol, e com a falta de educação que há, essa juventude fica cada vez mais frágil. mas tenho esperanças que isso mude um dia, sonho no dia em que valorizaremos a educação e que incentivaremos as pessoas a pensarem, e no fim possamos diz, "sim, nos podemos", poderemos faz essa história que já vem escrita erra a anos melhor. "E nossa história
Não estará
Pelo avesso assim
Sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá
Vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos
O mundo começa agora, ahh!
Apenas começamos."*
Legião Urbana - Metal Contra as Nuvens.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Desejos.

O desejo é órfão, ateu e anarquista. Eu a desejei essa noite, eu desejei beija-lhe a boca e toma-la em meus braços, retira a sua roupa, tocar seu corpo, beija seus seios, e ter seu corpo sua alma. Eu desejei beija e morder sua barriga, arrancar sorrisos e risos de sua boca, desejei impregnar o seu cheiro no meu corpo, e abrir suas pernas, sentir a vida que escorre por ela, eu desejei abraça-la e torna nos um só corpo um só ser, essa noite eu desejei abraça o Eros , e acorda com você em meus braços, minha amada imortal, minha mulher, minha senhora...


domingo, 6 de abril de 2014


                                                                                                Os Dois Dragões.
                                                                Uma jovem ao completa dezesseis anos recebeu um presente de um velho e sábio espirito, ela ganhara dois ovos contendo dragões dentro. O tempo passou e os dragões nasceram, o primeiro era belo e forte ele refletia a força e o poder, a menina logo se apaixonara por ele, enquanto o segundo dragão era feio, sua aparência não era bela era horrenda, ele também era desajeitado, a menina o vendo resolveu despreza-lo e resolveu o trancar dentro de sua casa. A menina passou ate a gosta do dragão feio com o tempo, mais ele era apenas um companheiro e ela dizia que ele não era digno de sair a rua com ela, pois ele estragaria sua beleza, porem o outro dragão que era lindo, forte e respeitado, ela o amava e o desejava, ela o mostrava como o meu dragão .
                                                                A bela fera tornou-se objeto de desejo da menina assim como a menina tornara-se objeto de uso da fera, ambos viviam juntos, a menina era encantada pela sua fera, enquanto o segundo dragão a fera monstruosa vivia presa a menina ate gostava dele o queria perto mais de uma maneira estranha, essa fera sentia sua falta e quando a mesma saia com o bela, o feio buscava seu cheiro em suas roupas em seus objetos, ele chorava por não ser o desejado pela sua dona, e toda a noite quando ela voltava para a casa, ele vigiava o seu sono a contemplava enquanto ela dormia.
                                                                 Uma noite a menina volta chorando, para a casa, ele se preocupa e corre para vê-la, e a encontra toda frágil, ela chorava e seu corpo tremia a ponto dela desfalece a fera monstruosa a velou durante a noite toda e cuidou de suas dores. No meio da noite a menina acordara e ao perceber que era o monstro que estava com ela e se assustou tentou fugir , e no meio dessa tentativa ela viu os olhos da fera, ela nunca tivera olhado dessa forma o monstro nos olhos e pode contemplar a alma do animal. Ela perguntou para a alma dele, o que desejas de mim? Ele respondeu: - Eu a desejo toda, desejo teu cheiro, teu som, teu corpo, tua alma, teu ser, desejo ser uno contigo. Logo depois ela saiu correndo chorando, confusa com os seus sentimentos, e o seu desejo era de busca a bela fera, ela vagou pelos campos, então achou a bela fera, só que não do jeito desejado. Ela o encontrou com outra, e o viu contemplando outra pessoa, uma mulher feita, branca como  neve de cabelos dourados como o fogo e de olhos azuis como o céu da manha, então ela cria coragem e olha nos seus olhos e pergunta: - tu o que desejas de mim? Ele responde: - Eu desejo seu corpo, sua beleza, sua juventude.
                                                           Ao ouvi isso ela sair correndo e entra em uma negra floresta, por onde ela corre e chora, quando quase perdendo as forças, ela cai aos pés de uma velha sabia e morre, a sabia mulher era o espirito do céu e ao ver a pobre garota, teve compaixão dela, e a transformou na lua, onde ela habitaria o céu e o iluminaria durante a noite, e suas quatros fases, seria como a historia de sua vida, uma busca pela plenitude.
                                                          A fera monstruosa corria atrás de sua amada e vendo que ela morrera, ele perdeu suas forças, seu ar e sua capacidade de voar, e cairá em terra, aos pés do espirito da vida, que via toda a sua historia, então ele o transformou no mar, onde ele poderá ver todos os dias sua amada, e eles podem dança juntos, mas ele nunca poderá a toca-la nessa dança, só poderá contempla-la e dança com ela através de suas mares.
Assim foi que nasceu o amor entre o mar e a lua.

(Este é um pequeno esboço de um conto , que espero escreve um dia.)
Marcelo Freitas.

domingo, 2 de março de 2014

Eu para Você!

Eu desejaria ter o dom da escrita, e poder escreve sobre você , o quanto você foi ,e é e sempre será fundamental para minha existência. O quanto o desejava e o buscava longe, mas não estas tão perto, o quando teve encontra-lo no olhar das pessoas, na nossa humanidade.
Eu tinha o desejo de envelhecer e fica sábio, para não mais erra, hoje acredito eu que os sábios são construídos com erros e experiências.
Hoje tenho o desejo de gritar eu sou humano, pequeno e pecador, imperfeito e cheio de erros, e o que posso diz? Eu o amo e já que me desejas, não mais ficarei apático a sua voz, e sei que minha humanidade me levara a ti.

Eu peço jamais se esqueça de mim, eu de ti não esquecerei, por mais sujo e miserável que eu estejas sempre serei teu amado, meu amado, e tu me falas “- Por acaso uma mulher se esquecerá de sua criancinha de peito? Não se compadecerá ela do filho de seu ventre? Ainda que as mulheres se esquecessem, EU NÃO ME ESQUECERIA DE TI. EIS QUE GRAVEI NAS PALMAS DA MÃO TEU NOME.” Is 49. 15 – 16.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Sons



Para onde vais quando o sol se põe?
Eu busco o encontrar,
Mas meu grito não chega a teus ouvidos.
Os meus pecados são grandes
Eu espero a sua misericórdia chegue a um pobre pecador,
Eu me ajoelho diante de ti, não vires o teu rosto de minha face.
Eu espero esta em teus braços e que você me carregue quando as minhas forças falharem.


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Noites



Eu ouço o som da noite,
Tenho medo dos barulhos
Sinto sua falta, não vire o seu rosto de mim
Como eu sinto medo de perdê-lo
No silencio eu o busco

Tenho saudades dos meus sonhos de meninos
Onde poderia contemplar toda a beleza de sua criação
Onde o medo não habitava em mim
Hoje eu tenho medo, medo de ver os olhos das pessoas
De buscar a verdade, que humanidade é essa?
Perdemos a unidade a vida tornou-se incerta

Tu onde se escondestes?
Não escutas meus gritos?
Em dias de angustias eu grito por ti
Não me escutas?
Sinto-me fraco, tenho medo de não mais aguentar

Eu desejo esta contigo
Longe de ti me sinto fraco
Os meus olhos não conseguem ver além
Só em ti eu tenho paz
Em ti minha alma conseguir descansa.